segunda-feira, 30 de junho de 2014

A recepção, em 2014, do expressionismo.


Durante as primeiras semanas do mês de abril de 2014, realizamos uma pesquisa sobre o que as pessoas pensam a respeito das obras de uma das vanguardas europeias (as quais promoveram a ruptura dos princípios artísticos vigentes até o momento no ingresso do século XX): o expressionismo. Foram apresentadas aos nossos dez entrevistados três obras de dois grandes artistas expressionistas – “O grito” (1893), de Edvard Munch, “Ao espelho” (1905) e “O casal Poulot” (1905), ambas de Georges Rouault – e perguntamos se consideravam essas obras arte. No fim, 90% de nossos entrevistados disseram que sim, conforme o gráfico abaixo.
Quando perguntado porque considerava os quadros arte, Valdir Feller respondeu: “Eu considero essas obras arte, pois são uma forma de expressão onde o artista procurou retratar uma época, além de alegria e tristeza, ou seja, sentimentos.” Ele ainda completou dando sua definição de arte: “Arte é toda e qualquer expressão de um sentimento ou momento.”
Durante a pesquisa sobre a recepção do expressionismo atualmente, tivemos a oportunidade de encontrar ainda uma professora de arte, Sandra Rittmann, que pode nos ajudar a observar que as pinceladas e materiais utilizados pelo artista traziam ainda mais emoção e expressão a obra: “As duas obras de Rouault trazem cores mais frias, o que emana uma tristeza e profunda melancolia dos personagens pintados.” Já sobre o quadro “O grito” ela grifa a importância do movimento das pinceladas: “Para transmitir uma sensação de terror e espanto o pintor utilizou de movimentos nas pinceladas e ainda de cores fortes e marcantes.”.
Apesar de apenas um entrevistado ter admitido não considerar arte as obras apresentadas, alegando o fato de que elas não lhe transmitiam coisas boas, a maioria considerou as pinturas arte, porém no momento em que tiveram que justificar suas respostas ficaram sem palavras, mostrando-nos que um grande número de pessoas possui um pré-conceito sobre arte.  

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