Durante
as primeiras semanas do mês de abril de 2014, realizamos uma pesquisa sobre o
que as pessoas pensam a respeito das obras de uma das vanguardas europeias (as
quais promoveram a ruptura dos princípios artísticos vigentes até o momento no
ingresso do século XX): o expressionismo. Foram apresentadas aos nossos dez
entrevistados três obras de dois grandes artistas expressionistas – “O grito”
(1893), de Edvard Munch, “Ao espelho” (1905) e “O casal Poulot” (1905), ambas
de Georges Rouault – e perguntamos se consideravam essas obras arte. No fim,
90% de nossos entrevistados disseram que sim, conforme o gráfico abaixo.
Quando
perguntado porque considerava os quadros arte, Valdir Feller respondeu: “Eu
considero essas obras arte, pois são uma forma de expressão onde o artista
procurou retratar uma época, além de alegria e tristeza, ou seja, sentimentos.”
Ele ainda completou dando sua definição de arte: “Arte é toda e qualquer
expressão de um sentimento ou momento.”
Durante a pesquisa sobre a recepção do
expressionismo atualmente, tivemos a oportunidade de encontrar ainda uma
professora de arte, Sandra Rittmann, que pode nos ajudar a observar que as
pinceladas e materiais utilizados pelo artista traziam ainda mais emoção e
expressão a obra: “As duas obras de Rouault trazem cores mais frias, o que
emana uma tristeza e profunda melancolia dos personagens pintados.” Já sobre o
quadro “O grito” ela grifa a importância do movimento das pinceladas: “Para
transmitir uma sensação de terror e espanto o pintor utilizou de movimentos nas
pinceladas e ainda de cores fortes e marcantes.”.
Apesar
de apenas um entrevistado ter admitido não considerar arte as obras
apresentadas, alegando o fato de que elas não lhe transmitiam coisas boas, a
maioria considerou as pinturas arte, porém no momento em que tiveram que justificar
suas respostas ficaram sem palavras, mostrando-nos que um grande número de
pessoas possui um pré-conceito sobre arte.
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